segunda-feira, 26 de abril de 2010

1932: revolução ou golpe?

Blog do Emir Sader

26/04/2010

1932: revolução ou golpe?

Emir Sader

As declarações do Lula no Sindicato dos Metalurgicos de São Bernardo, afirmando que o movimento de 1932 em São Paulo foi um golpe e não uma revolução, acompanhado da constatação de que nenhum espaço público de importância leva o nome de Getúlio, o estadista mais importante do Brasil no século XX, têm uma dupla importância.

Em primeiro lugar, representa uma autocrítica de uma geração de sindicalistas muito hostil ao Getúlio nas suas origens e por um bom tempo. Nascida para a política durante a ditadura militar, aquela geração de sindicalistas desenvolveu forte ojeriza contra o Estado, no que assimilavam desde o regime militar até o sindicalismo nascido com Getúlio, incluindo a oposição ao imposto sindical e ao atrelamento dos sindicatos ao Estado através dele.

Lula deve discutir temas polêmicos em encontros com Chávez e Lugo esta semana

Agência Brasil

25/04/2010

Lula deve discutir temas polêmicos em encontros com Chávez e Lugo esta semana

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma agenda internacional intensa nesta semana. Ele tem encontros marcados com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Paraguai, Fernando Lugo. Em pauta, temas polêmicos e que geram impasse. Com Chávez, Lula deve conversar sobre as tensões do venezuelano às voltas com as eleições parlamentares e as críticas internas e externas decorrentes da crise energética. A conversa vai ser dia 28, em Brasília.


Brasil recebe investimentos estrangeiros para projetos da Copa, Olímpiadas e trem-bala

Agência Brasil

25/04/2010

Empresários alemães desembarcam no Brasil para investir na Copa, nas Olímpiadas e no trem-bala

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Os projetos do Trem de Alta Velocidade - que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro – e os investimentos para a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, devem receber aplicações de um grupo de empresários alemães.

Na terça-feira (27) o ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha, Rainer Brüderle, e uma comitiva empresarial alemã desembarca em Brasília. Também estão marcadas visitas a São Paulo e ao Rio. O grupo será conduzido pelo ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

domingo, 25 de abril de 2010

Para especialista, Brasil precisa de uma Belo Monte por ano de energia

Agência Brasil

24/04/2010


Para especialista, Brasil precisa de uma Belo Monte por ano de energia

Sabrina Craide

Repórter da Agência Brasil



Brasília - O crescimento da economia brasileira vai levar a um aumento no consumo de energia e o país vai precisar a cada ano de cerca de 4 a 5 mil megawatts de capacidade nova instalada. Isso equivale à quantidade de energia estimada para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que deverá entrar em operação em 2015. A avaliação é do coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro

sábado, 24 de abril de 2010

Cobertura completa do caos aéreo internacional provocado pela erupção do vulcão Eyjafjallajokull na Islândia

No Portal de Notícias R7 é possível ver as principais notícias relacionadas ao caos aéreo na Europa, provocado pela erupção do vulcão islandês Eyjafjallajokull, além de belas fotos dos efeitos piroclásticos da erupção vulcânica:


R7

19/04/2010 às 16h36:
atualizado em: 23/04/2010 às 14h04

Veja a cobertura completa do caos aéreo internacional

Erupção na Islândia continua cancelando voos mundo afora

Do R7

A erupção do vulcão de Eyjafjallajokull, na Islândia, lançou uma nuvem de cinza sobre a Europa e provocou o cancelamento de milhares de voos no continente a partir do último dia 15, criando o maior caos aéreo desde os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.
Em um efeito cascata, voos em todo o mundo, inclusive no Brasil, foram cancelados. A proibição se deveu aos possíveis efeitos das cinzas lançadas po vulcão sobre as turbinas, que podem parar de funcionar em pleno voo.

Nesta terça-feira (20), a situação começou a melhorar, com liberação de 50% dos voos inicialmente previstos.

Ao mesmo tempo, uma nova nuvem de cinzas proveniente da Islândia forçou o espaço aéreo da maior parte do Reino Unido a permanecer fechado.
Leia abaixo a cobertura completa:






Foto por Vilhem Gunnarsson/EFE
Desde a última quinta-feira (15), milhares de voos foram cancelados em toda a Europa devido às cinzas provenientes da erupção no sul da ilha


 Lucas Jackson/Reuters

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O papel estratégico da Usina de Belo Monte e os riscos políticos do projeto

O Estado de S.Paulo

22 de abril de 2010

'Belo Monte agora tem risco político'

Entrevista Edmar Almeida - Professor da UFRJ


Nicola Pamplona do Rio - O Estado de S.Paulo



Pressões sobre a área ambiental, apoio da Advocacia Geral da União (AGU) para cassar liminares, participação ostensiva da Eletrobrás na formação de consórcios: para o especialista em energia Edmar Almeida, do Instituto de Economia da UFRJ, a atuação do governo foi fundamental para garantir o leilão de Belo Monte. Para ele, essa atitude terá de ser mantida para garantir o bom andamento das obras. Em entrevista ao Estado, ele diz que o principal risco, agora, é político.

Dá para fazer a obra com a tarifa vencedora do leilão?

Edmar Almeida - A questão mais difícil hoje é saber qual o custo dessa usina. São tantos fatores imponderáveis, que é muito difícil alguém dizer se dá ou não dá. Em um projeto como esses, há variáveis de risco com elevado grau de certeza e outras que você tem que adotar hipóteses. Nessas que têm grau de certeza, como custo da mão de obra, da obra civil, as propostas se baseiam em números parecidos. O que pode fazer diferença são as hipóteses que cada uma adota quanto àquelas parcelas que são incertas. Se um é menos conservador do que o outro, tem mais chance de levar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Novos helicópteros MI-35 são apresentados pela FAB em Rondônia

Força Aérea Brasileira

20/04/2010


Novos helicópteros de ataque são apresentados em Porto Velho


 “O Brasil está mudando de patamar no que diz respeito à Defesa. Não somos mais meros compradores. Nós, agora, recebemos e internalizamos tecnologia. Estes helicópteros fortalecem a aviação de asas rotativas“. Com essas palavras, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, batizou os recém adquiridos helicópteros MI-35 da Força Aérea Brasileira, que, nesse sábado (17) passaram a ser chamados de A-H2 Sabre. As novas aeronaves vão ficar sediadas na Base Aérea de Porto Velho, em Rondônia, onde serão utilizadas pelo 2º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação (2º/8ºGAV), Esquadrão Poti.

  
 Com a chegada do Sabre, a Força Aérea Brasileira recebe o primeiro helicóptero que foi concebido especificamente para a guerra. A aeronave de ataque utilizada era o H-50 Esquilo, originalmente de uso civil, adaptada para funções militares. O Sabre é diferente porque já nasceu com DNA militar.

Brasília: há 50 anos no centro das decisões nacionais



Agência Senado

20/04/2010 

Brasília: centro das decisões nacionais

Da Redação / Agência Senado

Há 50 anos, era erguida no Planalto Central do Brasil a nova capital do país. Imaginada desde o século XVIII, Brasília surgiu como a demonstração da capacidade dos brasileiros que a construíram em apenas três anos.

Coube a Juscelino Kubitschek comandar o grande esforço de construção de Brasília, assumindo como sua missão a transferência da capital do litoral para o interior. Ao seu lado estiveram idealizadores e realizadores como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Burle Marx, Israel Pinheiro, Bernardo Sayão e Ernesto Silva. Envolvidos no mesmo esforço, estiveram milhares de trabalhadores - homens e mulheres de todo o país que se deslocaram para o centro do Brasil em busca de oportunidades e de sonhos. Pioneiros da nova cidade, muitos deles lançaram raízes em Brasília e fizeram dela um fervilhante cadinho de culturas, sotaques e cores.

Mesmo depois do árduo período da construção, o fluxo migratório continuou intenso nos 50 anos seguintes. Nordestinos, mineiros, goianos, sulistas, cariocas, paulistas e amazônidas continuaram se dirigindo ao Distrito Federal, fazendo surgir as várias cidades satélites e propiciando um crescimento populacional de 1.760% - quase dez vezes mais do que o crescimento global da população brasileira no mesmo período.

Brasília também é uma cidade de contrastes: a rica cidade que tem o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (0,844) e a mais alta renda per capita (R$ 40.696) é também a cidade que tem um índice de pobreza de quase 40%. Até nisso, uma síntese do país.

Nessas cinco décadas, Brasília transformou-se de fato no centro das decisões nacionais, no polo que atrai as atenções, as pressões, os anseios e a vigilância da sociedade. Frequentemente, cidadãos de toda parte tomam os gramados da Esplanada dos Ministérios e os espelhos d'água do Congresso fazendo cobranças e protestos - concretizando o espírito democrático que inspirou a criação da nova capital.

Brasília foi o cenário de muitos momentos históricos. Viu as renúncias de dois presidentes; viu um golpe militar; centralizou as esperanças da redemocratização, quando a emenda das eleições diretas foi votada e derrotada, quando Tancredo foi eleito e, pela fatalidade de uma doença, não pôde tomar posse; viu, ainda assim, um civil assumindo a Presidência e encerrando o longo regime militar; viu as intensas discussões em torno de uma nova Constituição e a promulgação de uma Carta Magna que representava as esperanças de um país mais democrático e desenvolvido; viu então, a partir daí, a sucessão tranquila de presidentes que ocorre somente nas democracias maduras.
Brasília é tudo isso: centro político, caldeirão de diversidade, síntese do país, cidade monumento. Apesar das dificuldades e das eventuais decepções, Brasília prossegue encantando o mundo, cumprindo os destinos que seus idealizadores e pioneiros vislumbraram.

Agência Senado





Linha do tempo da criação de Brasília


Brasília 50 anos

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mudanças climáticas, aquecimento global, ambientalismo e muita polêmica à vista

19/04/2010

Debate Mudanças Climáticas – Parte I


"Os céticos sobre as mudanças climáticas"

Portal Luis Nassif - Sobre economia, polí­tica e notícias do Brasil e do Mundo

Do Canal Temático Saneamento

LILIAN MILENA

Da Redação - ADV
http://blogln.ning.com/profiles/blogs/debate-mudancas-climaticas


A teoria “aquecimentista”, ou Aquecimento Global Antropogênico (AGA), é resultado de interesses escusos, incapaz de responder quais são os verdadeiros motivos que influenciam no aumento, ou diminuição, das temperaturas globais se baseando em números dentro de uma escala de tempo de centenas de anos quando deveria considerar a escala dos milhões de anos que a Terra tem.

Esses são alguns dos argumentos do geólogo e diretor do Movimento de Solidariedade Ibero-Americana (MSIa), Geraldo Luís Lino, descrente de que as mudanças climáticas do globo são de responsabilidade humana, e autor do livro A fraude do aquecimento global: como um fenômeno natural foi convertido numa falsa emergência mundial.



Entretanto as perturbações ambientais, cada vez mais frequentes, parecem corroborar as conclusões do quarto (e último) relatório de avaliações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em 2007.


O documento conclui que as atividades de exploração e uso de recursos naturais da Terra – sobretudo queima de combustíveis fósseis e desmatamentos – estão contribuindo para a elevação da temperatura planetária. Nos últimos 140 anos, a média térmica aumentou oito décimos de graus centígrados (0,8ºC).


Até o final deste século o relatório prevê elevação mínima de 2ºC. Condição de alto impacto, uma vez que amplia em 13% a média da temperatura atual do globo, de 15ºC. Os efeitos dessas mudanças seriam: aumento de incêndios florestais; queda na produtividade agrícola; escassez de água; aumento do nível do mar; secas; degelos; ciclones tropicais, tempestades e temperaturas extremas.

O relatório do IPCC recomenda aos países que desenvolvam tecnologias limpas para alterar a base da sua produção energética – estima-se que, desde a década de 1990, cerca de 80% da energia consumida no mundo (nas residências, indústrias, e em meios de transporte) seja originária de matrizes fósseis (petróleo, gás natural e carvão), que são emissoras dos gases que intensificam o fenômeno de efeito-estufa, tido como principal vilão do aquecimento global.


Já os descrentes da teoria aquencimentista, como Geraldo Lino, defendem que as mudanças climáticas sempre ocorreram e que o homem deveria se preocupar em melhorar sua capacidade de adaptação, inclusive para o possível resfriamento da Terra. Como exemplo, o geólogo destaca que há doze mil anos o hemisfério norte sofreu uma queda de temperatura de cerca de 8ºC, em menos de um ano. Em contrapartida, a recuperação dos oito graus perdidos ocorreu dentro de algumas décadas.

Lino diz que os fatores que definem o clima são múltiplos, sendo externos e internos ao planeta: ciclos de atividade solar, aquecimento e resfriamento dos oceanos, os gases de efeito estufa, a atividade geológica das placas tectônicas que movimentam os continentes e configuram os oceanos, os gases e partículas lançados na atmosfera pelos vulcões, que bloqueiam a radiação solar, e muitos outros.


O tempo de vida da Terra também é importante para o estudo da evolução do clima. “Para você ter ideia do que isso representa, os geólogos costumam usar o seguinte truque: se toda a história da terra, que tem 4,7 bilhões de anos, fosse condensada em um único ano, o atual período geológico, o Holoceno [período que se iniciou há cerca de 11.500 anos e se estende até o presente], teria começado depois de seis pra meia noite desse nosso ano geológico. A nossa Revolução Industrial [início do Século XVIII], que tem causado tanta preocupação em relação a seus impactos no clima, seria pensada nos últimos dois segundos antes da meia noite”, explica.


O geólogo diz ser evidente que o homem tenha algum impacto sobre o clima, mas somente em escala local, a exemplo da formação das Ilhas de Calor nos grandes centros urbanos. A falta de áreas revestidas de vegetação diminui o poder refletor da superfície dessas regiões elevando a absorção de calor local.

Lino aponta que a temperatura dos oceanos, por exemplo, tem mais influencia sobre o clima do que as atividades humanas sobre a Terra. Os mares apresentam ciclos longos de aquecimento e resfriamento sendo responsáveis pelas grandes variações climáticas, assim como os ciclos solares.


A Oscilação Decadal do Pacífico (PDO, na sigla em inglês) tem sido base de estudos científicos para prever as alterações do planeta. A PDO é um padrão de temperatura com escalas temporais médias de 20 a 30 anos para o resfriamento ou aquecimento do Pacífico – o oceano é o maior entre todos os mares cobrindo 35% da superfície terrestre.


As pesquisas mais recentes sobre o movimento da PDO indicam que o Pacífico está passando pelo período de resfriamento dentro dos próximos 20 anos, o que poderá contribuir para a queda nas temperaturas globais.


Então, a quem interessa a teoria aquecimentista?


Levantamentos realizados pela organização ambientalista Greenpeace apontaram que entre 2005 e 2008, uma das maiores companhias petroquímicas privadas do mundo, a ExxonMobil, investiu US$ 9 milhões em estudos sobre a questão climática. Outro grande grupo multinacional do petróleo, as Indústrias Koch, gastaram cerca de US$ 25 milhões no mesmo período.

O Greenpeace alega que esses investimentos comprovam que milhares de cientistas, chamados de céticos do aquecimento global, estão sendo pagos para teorizar contra as mudanças climáticas.


Lino não nega que as gigantes do petróleo investem em pesquisas climáticas. Entretanto, rebate que os recursos alocados pela “indústria aquecimentista” movimentam muito mais. Estima-se que as despesas governamentais de “Planos de Redução de Emissões”, dos Estados Unidos, já ultrapassaram os US$ 30 bilhões.


“A indústria aquecimentista é um conluio de interesses. Começaram a perceber que tinham muito a ganhar com isso”, afirma o escritor. A criação de mercados para compra e venda de créditos de carbono, assim como a alocação de recursos para descarbonizar a economia, seriam partes de um mecanismo envolvendo governos, empresas de diversos segmentos e organizações ambientais, responsável pela movimentação de bilhões de dólares todos os anos.

O escritor declara que não existe hoje alternativa técnica e economicamente viáveis a substituição dos combustíveis fósseis. “Não há como alimentar uma sociedade urbanizada com energia solar e eólica. Elas são de aplicações pontuais que não podem dispensar as fontes tradicionais de geração que são as térmicas, nucleares e hidrelétricas”, completa.


Logo, como não existem alternativas aos combustíveis fósseis, qualquer esforço em grande escala no sentido de descarbonizar a base energética mundial significaria congelar os níveis de desenvolvimento sócio-econômicos atuais, “que já são extremamente desiguais e injustos”, ressalta.


O geólogo acredita que em algum momento a “histeria coletiva” do aquecimento global terá fim. “Não se pode enganar todos por muito tempo, já dizia Abraham Lincoln”, recorre.


Como as condições que determinam as mudanças climáticas são imprevisíveis, o pesquisador diz ser fundamental que os governos desenvolvam estudos não só para se precaverem de um possível aquecimento global, mas também de resfriamentos. A exemplo do que ocorreu em 1815, quando o vulcão do monte Tambora, na Indonésia, entrou numa das mais violentas erupções presenciadas pela humanidade provocando drásticas quedas de temperatura durante dois anos – 1816 ficou conhecido como “o ano sem verão”. O resultado foi a quebra de safras em grande parte do planeta ocasionando fome e aumento de taxas de mortalidade em toda europa.


O fonômeno ocorreu porque as partículas expelídas pelos vulcões ficam suspensas no ar por muito tempo. Elas funcionam como refletoras dos raios solares, impedindo que o calor entre na Terra.




http://blogln.ning.com/profiles/blogs/debate-mudancas-climaticas


acessado à partir do blog do Luis Nassif
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/04/19/mudancas-climaticas/

Criação da Ferrovia da Integração do Sul - Ferrosul

Agência Estadual de Notícias 

19/04/2010 

Assembléia Legislativa aprova a criação da Ferrovia da da Integração do Sul 


Flavia Prazeres 

Os deputados aprovaram nesta segunda-feira (19), em primeira discussão, o projeto de lei nº. 127/10, que autoriza o governo do Paraná a criar a Ferrovia da Integração do Sul S/A (Ferrosul) a partir da Ferroeste. Somando o atual projeto da Ferroeste e a expansão futura com a Ferrosul, o total de novas linhas chegará a 2.595 quilômetros. A matéria ainda deve passar por pelo menos mais duas votações antes de ser enviada à sanção ou veto do governador Orlando Pessuti (PMDB).

O projeto de lei que cria a Ferrosul permite alterar a denominação e os fins sociais da companhia estatal paranaense Ferroeste, que receberá o nome de Ferrosul, passando a ter a participação acionária do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, integrantes do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). A medida também assegura a celebração de acordo de acionistas da Ferroeste assegurando a participação dos demais Estados na gestão da nova empresa.

sábado, 17 de abril de 2010

Energia nuclear e dependência tecnológica, por Beto Almeida


16/04/2010

Energia nuclear e dependência tecnológica

Como pano de fundo das pressões dos EUA para impor sanções que impeçam o Irã de desenvolver seu programa nuclear está o veto imperial visando intimidar todos os países que dão passos concretos para romper a dependência tecnológica. Esta dependência funciona como um vergonhoso muro que bloqueia o desenvolvimento soberano de inúmeros países emergentes, mas com desdobramentos planetários. A pressão contra o Irã também atinge o Brasil. O artigo é de Beto Almeida.

Beto Almeida

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16536


A realização, nesta semana, da Cúpula Internacional para a Segurança Nuclear , supostamente para afastar o perigo de um confrontação nuclear mundial, reveste-se de farsa discursiva e prática. A participação de Lula neste evento convocado pelos EUA foi interessante. Como de hábito, Lula usou uma imagem simples e fortemente comunicativa para explicar o que anda ocorrendo nesta área nuclear, mesmo quando grandes potências assinam acordos e mais acordos de desarmamento, há mais de 40 anos, teoricamente de redução de ogivas. De vez em quando, disse Lula, eu jogo fora remédios velhos e vencidos....

Não há, rigorosamente, qualquer esforço sincero e comprovado de que as grandes potências atômicas estariam a zelar pela paz mundial, que não existe, e para afastar o perigo de um confrontação nuclear de conseqüências imprevisíveis, até o momento. Assim, é preciso extrair o que de fato está em jogo nestes grandes encontros internacionais. Tal como aquela Conferência do Clima de Copenhaguen, no final do ano passado, foi um grande fiasco, não resultando em qualquer acordo prático que levasse as potências poluidoras a deixar de emporcalhar o mundo, esta Cúpula da Segurança Nuclear também não trouxe qualquer tranqüilidade ou segurança ao mundo. Pudera, o próprio anfitrião, o presidente Barak Obama, acaba de autorizar o Congresso dos EUA a ampliar o orçamento da indústria bélica. E vale lembrar sempre: o orçamento militar dos EUA, sozinho, supera o orçamento de todos os demais países do mundo, somados. Isto mesmo, somados. Foi o que destacou Vladimir Puttin ao ser indagado por dileto repórter da BBC se os acordos militares entre Rússia e Venezuela não causariam preocupação em Washington....

sexta-feira, 16 de abril de 2010

IBAS: Brasil, Índia e África do Sul desenvolverão dois satélites artificiais

Inovação Tecnológica

16/04/2010

Brasil, Índia e África do Sul desenvolverão dois satélites artificiais

MCT

Estudos climáticos e agrícolas

Brasil, Índia e África do Sul assinaram, em Brasília, um acordo de cooperação para o desenvolvimento de dois satélites artificiais.

Segundo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os equipamentos serão utilizados em estudos climáticos e agrícolas dos três países.

"Esse é mais um de diversos acordos trilaterais assinados entre os países do IBAS (Índia, Brasil e África do Sul). Esses satélites são importantes para reforçarmos o trabalho dos centros espaciais", destacou.

Ibama diz que Belo Monte não atinge diretamente terras indígenas


Agência  Brasil

15/04/2010
 

Ibama diz que Belo Monte não atinge diretamente terras indígenas

Sabrina Craide

Repórter da Agência Brasil



Brasília - O diretor de licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Pedro Alberto Bignelli, disse hoje (15) que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA) não atinge diretamente as terras indígenas da região, ao contrário do que afirma a decisão judicial que suspendeu a realização do leilão e determinou que o Ibama conceda uma nova licença prévia ao empreendimento.

“Existem mapas e a anuência da Funai [Fundação Nacional do Índio] ao processo todo, e nenhum mapa do empreendedor nos estudos que foram feitos remetem a essa influência direta, que é justamente a base dessa lei na qual o juiz deu o parecer”, argumenta Bignelli.

Na decisão anunciada ontem (14), o juiz federal Antônio Carlos Almeida Campelo, da subseção de Altamira, argumenta que a emissão da licença prévia pelo Ibama descumpre o que estabelece o artigo 176 da Constituição Federal, que diz que qualquer aproveitamento hidrelétrico em terras indígenas deve ser precedido por uma lei específica.

“Não é o caso de Belo Monte, que não tem nenhuma influência direta sobre terras indígenas. Existem influências indiretas sobre as comunidades indígenas, que estão pleiteadas nas condicionantes, mas, no momento, influência direta não existe nenhuma”, disse o diretor do Ibama, em entrevista à Agência Brasil.

Ele diz que o instituto não trabalha ainda com a edição de uma nova licença, como determinou a decisão liminar do juiz, e que o Ibama está fazendo pareceres técnicos para subsidiar a defesa que está sendo elaborada pela Advocacia-Geral da União.

Bignelli também garantiu que o instituto não tem preocupação com o possível cancelamento do leilão, marcado para o dia 20 de abril. “A preocupação do Ibama é o cumprimento das 40 condicionantes, qualquer que seja o consórcio, que é para o bem da comunidade, para o bem do meio ambiente”, declarou.


Edição: Lílian Beraldo





segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mapeamento do Aquífero "Alter do Chão" avalia que este pode ser o maior do mundo

O Estado de S. Paulo

11 de abril de 2010

Aquífero descoberto no Norte seria o maior do mundo

AE - Agência Estado


http://www.estadao.com.br/

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgarão oficialmente na semana que vem a descoberta do que afirmam ser o maior aquífero do mundo. A imensa reserva subterrânea sob os Estados do Pará, Amazonas e Amapá tem o nome provisório de Aquífero Alter do Chão - em referência à cidade de mesmo nome, centro turístico perto de Santarém.

"Temos estudos pontuais e vários dados coletados ao longo de mais de 30 anos que nos permitem dizer que se trata da maior reserva de água doce subterrânea do planeta. É maior em espessura que o Aquífero Guarani, considerado pela comunidade científica o maior do mundo", assegura Milton Matta, geólogo da UFPA. A capacidade do aquífero não foi estabelecida. Os dados preliminares indicam que ele possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros. "É menor em extensão, mas maior em espessura do que o Guarani."

Matta cita a porosidade da rocha em que a água está depositada como um dos indícios do potencial do reservatório. "A rocha é muito porosa, o que indica grande capacidade de reserva de água. Além do mais, a permeabilidade - a conexão entre os poros da rocha - também é grande."

Segundo ele, apesar de as dimensões da reserva não terem sido mapeadas, sai do aquífero a água que abastece 100% de Santarém e quase toda Manaus. "A vazão dos poços perfurados na região do aquífero é outro indício de que sua reserva é muito grande", afirma Matta.

Para o geólogo Ricardo Hirata, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, a comparação com o Guarani é interessante como referência, mas complicada. "O Guarani é um aquífero extremamente importante para o Brasil e para a América Latina, mas não é o maior do mundo. Há pelo menos um aquífero, na Austrália, que é maior que o Guarani", contesta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,aquifero-descoberto-no-norte-seria-o-maior-do-mundo,536868,0.htm


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Veja mais:

Agência Nacional das Águas
http://www.ana.gov.br/

Região Hidrográfica Amazônica
http://conjuntura.ana.gov.br/conjuntura/rh_amazonica.htm

Região Hidrográfica Amazônica
http://www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias/amazonica.aspx

Abastecimento Urbano de Água
http://atlas.ana.gov.br/Atlas/forms/home.aspx



MAPA 2.2 FONTE: BOSCARDIN BORGHETTI et al. (2004), adaptado de MMA(2003)
MAPA 2.2 FONTE: BOSCARDIN BORGHETTI et al. (2004), adaptado de MMA(2003)
Fonte: Adaptado de MMA (2003)





sexta-feira, 9 de abril de 2010

Novo governo do Quirguistão quer fechar base dos EUA no país

 
08/04/2010 

Novos líderes do Quirguistão querem fechar base dos EUA

Ordem é manter apenas uma base estrangeira no país, a russa; Putin apoia governo
 
Reuters

http://noticias.r7.com/internacional/noticias/novos-lideres-do-quirguistao-querem-fechar-base-dos-eua-20100408.html

Os autoproclamados novos líderes do Quirguistão agradeceram nesta quinta-feira (8) a Rússia por ajudarem a depor o presidente Kurmanbek Bakiyev e manifestaram a intenção de fechar uma base aérea dos EUA no país, que dá apoio às forças no Afeganistão.

Essas declarações colocam a deposição de Bakiyev, que nesta quarta-feira (7) fugiu da capital em meio a uma rebelião popular, firmemente no contexto da rivalidade entre as duas superpotências na Ásia Central.

Assim que os presidentes Barack Obama e Dmitry Medvedev assinaram em Praga um novo acordo de redução de arsenais nucleares, como parte do seu esforço para "relançar" as relações bilaterais após uma fase de afastamento, uma importante autoridade que participava da delegação russa já defendia que os novos governantes quirguizes fechassem a base de Manas.

Esse funcionário, que pediu anonimato, lembrou que Bakiyev não havia cumprido tal promessa, e disse que deveria haver apenas uma base estrangeira no Quirguistão - a russa.

Omurbek Tekebayev, ex-líder oposicionista encarregado de questões constitucionais no novo governo da ex-república soviética do Quirguistão, afirmou que "a Rússia teve seu papel na deposição de Bakiyev":

- Vocês viram o grau de alegria da Rússia ao ver que Bakiyev havia ido. Então agora há uma grande probabilidade de que a duração da presença da base aérea dos EUA no Quirguistão seja abreviada.

Nesta quarta-feira (8) o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, havia negado qualquer participação do seu país na revolução quirguiz, mas ele se tornou na prática o primeiro líder estrangeiro a reconhecer o novo governo, ao conversar por telefone com a presidente interina Roza Otunbayeva.

O comando militar russo anunciou o envio de 150 paraquedistas para a base russa de Kant, no Quirguistão, e assessores de Medvedev disseram que os militares protegeriam cidadãos russos que estejam na embaixada e em outras instalações diplomáticas.

Otunbayeva, que ajudou a levar Bakiyev ao poder, em 2005, e foi sua ministra de Relações Exteriores, disse que o novo governo controla praticamente todo o país, exceto Osh e Jalalabad, reduto político de Bakiyev, no sul. Ela disse também que conta com o apoio das forças armadas e dos guardas de fronteira.

Segundo ela, a situação econômica do Quirguistão é "bastante alarmante", e o país precisará de ajuda internacional. Ela afirmou que Putin lhe perguntou no telefonema como a Rússia poderia ajudar. Ela disse a uma rádio russa:

- Concordamos que o meu vice e ex-primeiro-ministro da república, Almaz Atambayev, viajará a Moscou e formulará nossas necessidades.

Otunbayeva disse que Bakiyev está em Jalalabad:

- O que fizemos ontem foi a nossa resposta à repressão e à tirania contra o povo pelo regime de Bakiyev.
Copyright Thomson Reuters 2009

R7 Notícias
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/novos-lideres-do-quirguistao-querem-fechar-base-dos-eua-20100408.html


    * Rússia envia reforços militares


    * Presidente derrubado quer voltar


    * Governo interino diz que haverá eleições



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Mapa: Quirquistão e Ásia Central

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Glonass russo busca parceria com empresas brasileiras

Folha de S. Paulo

07/04/2010 

"GPS" russo busca parceria com empresas brasileiras


REINALDO JOSÉ LOPES
da Reportagem Local

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u717356.shtml

Uma alternativa russa ao GPS (Sistema de Posicionamento Global), que ficou abandonada com o fim da Guerra Fria e agora está ressurgindo das cinzas, foi apresentada a empresários brasileiros como uma oportunidade para novos negócios, em reunião organizada ontem pelas agências espaciais do Brasil e da Rússia.

O Glonass, como é conhecido o GPS russo, já tem 21 dos 24 de seus satélites previstos em funcionamento e deve chegar ao final deste ano com capacidade de operação praticamente completa.



A delegação da Roscosmos (a agência russa) defendeu durante o encontro em São Paulo que há espaço para a cooperação com empresas brasileiras na criação de aplicações do sistema, como monitoramento de estradas, controle de tráfego urbano e otimização de atendimento de emergência.

"Na Rússia, as colaborações com a indústria são, na melhor das hipóteses, PPPs [parcerias público-privadas]", diz Raimundo Mussi, coordenador técnico-científico da AEB (Agência Espacial Brasileira).

"Aqui, a chance deles de trabalhar com a iniciativa privada para valer é muito maior, e as nossas empresas têm capacitação para isso", afirma Mussi.

Embora o GPS seja um sistema estabelecido e usado largamente mundo afora, há argumentos estratégicos para não excluir a utilização de sistemas alternativos, como o Glonass e o europeu Galileo (esse, ainda relativamente incipiente, só deve entrar em operação a partir de 2014).

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Representação brasileira no PARLASUL analisa acordo que aumenta pagamento pela energia de Itaipu

Blog Geografia & Geopolítica

Representação brasileira no PARLASUL analisa acordo que aumenta pagamento pela energia de Itaipu 

Lucas K. Oliveira


É bastante profícua a notícia de que o Congresso Nacional e os representantes Legislativos do Brasil no Parlamento do Mercosul (Parlasul) estão analisando o acordo entre o Brasil e Paraguai, para que o país possa pagar um pouco mais pela energia vinda da parte paraguaia de Itaipu. Atualmente, o Paraguai recebe apenas US$ 120 milhões anuais (US$ 10 milhões por mês) por toda a eletricidade que exporta para o Brasil da metade paraguaia de Itaipu Binacional. O acordo atual prevê que este país irmão e aliado receberá um pouco mais, US$ 360 milhões a cada ano, por meio da alteração do chamado "fator de multiplicação" do valor a ser pago, que atualmente é de 5,1 e passará para 15,3.




Esta notícia é das mais interessantes, pois envolve simultâneamente a questão da Integração Regional - diretamente relacionada ao futuro do Mercosul e da questão da Integração Energética Regional (infra-estrutura da integração) - , e o papel de Itaipu para a Segurança Energética brasileira.

Para o bem da integração sul-americana é fundamental que o Brasil se disponha a pagar um valor um pouco  maior pela eletricidade gerada em Itaipu Binacional, da qual, o Paraguai tem direito a metade, mas sua economia e infra-estrutura não têm condições de consumir esta energia no local. O que o Paraguai não consegue consumir, exporta para o Brasil a preços bem abaixo do mercado.


Acontece que muitos dizem por aí que isto é um "absurdo", que os paraguaios estão exigindo demais. Na realidade, o PIB brasileiro é quase 110 vezes maior do que o do Paraguai (PIB do Brasil: US$ 1.481.547,00, ou 1 trilhão e meio; PIB do Paraguai: US$ 13.611,00 ou treze bilhões). Isto significa que para o Brasil, pagar 200 ou 300 milhões a mais por esta eletricidade, custa muito pouco, se comparado ao que isto vai significar para o Paraguai.

Além disso, a energia elétrica no Brasil é cara não porque pagamos um valor alto à energia exportada pelo Paraguai, na realidade esta é muito mais barata do que o normal, porque Itaipu é muito eficiente, gera muita energia e o Brasil desconta o valor da dívida paraguaia com Itaipu diretamente do valor da energia exportada pelo país vizinho. Na realidade a energia elétrica no Brasil é muito cara porque o país aceitou as imposições do FMI/Banco Mundial nos anos 1990 e privatizou as redes de distribuição de eletricidade, que, hoje, nas mãos de empresas privadas, têm lucros estratosféricos. Isto sem contar que estas empresas não estão cumprindo os contratos firmados inicialmente, que exigiam re-investimentos na geração de energia, que nunca foram feitos de verdade.



O ideal ser que o Brasil tivesse como meta de médio prazo a criação de mecanismos para incentivar o aumento do consumo de energia elétrica local no Paraguai, com a eletrificação das pequenas cidades, zonas rurais e áreas mais pobres do país, que, além de ser um direito básico para a população local, é um pré-requisito básico para que o país possa se industrializar e mesmo aumentar o consumo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos fabricados no Brasil ou em outros países do Mercosul.

Seria muito interessante pagar um valor maior pela eletricidade da parte paraguaia de Itaipu em troca, por exemplo, de um investimento mais significativo em eletrificação rural no Paraguai, que traria ganhos indiretos para o Brasil. O Brasil ganha não apenas com as perspectivas econômicas de ampliar as exportações de eletrodomésticos para o país vizinho, mas, principalmente, diante da perspectiva geopolítica de assegurar maior desenvolvimento e estabilidade econômica, política e social nos nossos vizinhos. Isto aumenta diretamente a segurança e as perspectivas de desenvolvimento no longo prazo do Brasil. Neste tipo de cenário também se fortalecem as perspectivas de aprofundamento da Integração Regional, que não pode ser pensada apenas em termos comerciais, mas também na integração da infra-estrutura, da política e das instituições, da segurança e do aprofundamento dos laços culturais e sociais entre os países sul-americanos.

Neste sentido, pode-se considerar que seria muito interessante pagar um valor ainda maior pela eletricidade  e exigir garantias políticas concretas (talvez um tratado bilateral ou multilateral?) de que bases aéreas ou outras bases militares existentes no Paraguai não serão cedidas ou emprestadas (nem temporariamente), para  países de fora da UNASUL. Isto fortaleceria os laços de confiança entre os países do Cone Sul e da UNASUL, ampliaria as perspectivas de desenvolvimento do Paraguai e diminuiria as possibilidade de militarização do continente sul-americano.

A notícia citada, referente à análise do acordo pela representação brasileira no Mercosul, segue abaixo.

Lucas K. Oliveira


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Agência Senado

MERCOSUL
06/04/2010 - 11h40

Representação brasileira no PARLASUL analisa acordo que eleva pagamento pela energia de Itaipu

Marcos Magalhães


http://www.senado.gov.br/agencia/
O acordo político firmado com o Paraguai em julho do ano passado, que triplica o pagamento feito pelo governo brasileiro pela utilização da energia da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, passa nesta quarta-feira (7) pelo seu primeiro teste no Congresso Nacional. A Mensagem 951 do Poder Executivo, que submete ao Legislativo as "notas reversais" por meio das quais se autoriza o aumento do pagamento, será analisada, a partir das 14h30, pela Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul .

Atualmente, o Paraguai recebe US$ 120 milhões anualmente pela cessão ao Brasil da energia de Itaipu que não utiliza para seu próprio consumo. Por meio do acordo, o país vizinho terá direito a mais US$ 240 milhões a cada ano, por meio da ampliação do chamado "fator de multiplicação" utilizado para o cálculo do valor a ser pago, de 5,1 para 15,3.

A mensagem presidencial conta com voto favorável do relator, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), ex-presidente do Parlamento do Mercosul. Em sua análise, ele recorda que a elevação do pagamento ao Paraguai pelo uso da energia de Itaipu vem acompanhada de importantes concessões do lado paraguaio, que incluem a regularização fundiária de agricultores de origem brasileira no Paraguai e a regularização migratória de cidadãos brasileiros que vivem naquele país.

Caso venha a receber parecer favorável da representação, a mensagem presidencial passará a tramitar na Câmara dos Deputados e, em seguida, no Senado Federal. A aprovação do acordo é tão importante para o Paraguai que uma delegação do país vizinho já visitou a Câmara, no início deste ano, em busca de apoio ás "notas reversais".

Audiência

Na mesma reunião desta quarta-feira, a representação promoverá a sua primeira audiência pública do ano. Será debatido o processo de revalidação, no Brasil, de diplomas acadêmicos obtidos nos outros países do Mercosul - Argentina, Paraguai e Uruguai.

Entre os convidados estão o presidente da Fundação Capes (Conselho de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Jorge Almeida Guimarães; a secretária de Educação Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci; e um representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).



http://www.senado.gov.br/agencia/


Debate sobre pequenas hidrelétricas é transferido para esta tarde



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Hidrelétrica de Itaipu


Itaipu a noite

Itaipu a noite
Lazer: População local tem acesso a praias de água doce na represa de Itaipu

Itaipu e a rede de transmissão de energia elétrica no Brasil, com destaque para as outras linhas de transmissão de países do Mercosul que também fornecem eletricidade para o Brasil.   Fonte: ONS



Vídeo Institucional da Usina Itaipu Binacional:


 Assita ao vídeo na página oficial da Usina de Itaipu:
http://www.itaipu.gov.br/?q=pt/node/434&id_video=3056&pagina=

domingo, 4 de abril de 2010

A "Nova" Corrida pela Militarização do Espaço: Estados Unidos testam espaçonave militar

BBC Brasil

03 de abril, 2010

EUA fazem voo teste de espaçonave para uso militar

Paul Rincon

Repórter de Ciências da BBC News





O protótipo de uma espaçonave desenvolvida para a Força Aérea americana foi colocado em órbita nesta quinta-feira, em meio a especulações sobre seu possível uso militar.

O protótipo X-37B, que parece um ônibus espacial em tamanho menor e foi lançado do Cabo Canaveral, no Estado americano da Flórida.

O veículo militar não tem piloto, e realizará a primeira volta à Terra e aterrissagem autônomas da história do programa espacial americano.

Com 9 metros de comprimento, 4,5 metros de asa a asa e pesando cinco toneladas, o protótipo, que é reutilizável, é cerca de um quarto do tamanho de uma espaçonave normal, com um motor colocado na traseira para mudanças de órbita.

E enquanto a energia elétrica dos ônibus espaciais normais vem de células de combustíveis (células eletroquímicas em que a energia é liberada após o consumo de um combustível), a do protótipo é fornecida por energia solar e baterias de íon-lítio.

O custo exato do projeto e seu objetivo não foram revelados, mas os primeiros voos permitirão que autoridades avaliem o desempenho do veículo e garantam que os componentes e sistemas funcionam como devem.

“A prioridade é demonstrar a tecnologia do próprio foguete neste primeiro voo”, disse Gary Payton, vice-secretário da Força Aérea americana para programas espaciais.

Sigilo

O X-37B começou a ser projetado em 1999 como um programa da agência espacial americana, mas a Nasa passou o projeto ao Pentágono em setembro de 2004.

Por isso, apesar de divulgar detalhes sobre o funcionamento da espaçonave, a Força Aérea vem mantendo sigilo sobre seu objetivo, gerando especulações de que o projeto poderá estar contribuindo para uma militarização do espaço.

“Não sei como isso poderia ser chamado de militarização do espaço. É apenas uma versão atualizada do tipo de atividades dos ônibus espaciais no espaço. Nós, a Força Aérea, temos uma gama de missões militares no espaço e esse novo veículo poderia potencialmente nos ajudar a realizar melhor essas missões”, disse Payton.

Segundo Joan Johnson-Freese, do US Naval War College, a Força Aérea já queria há algum tempo uma nave com agilidade de manobra no espaço, para monitorar, por exemplo, "as águas de Taiwan (que os Estados Unidos prometeram proteger contra possíveis ataques da China) e escapar tentativas de derrubá-lo". "Poderia fazer várias coisas que até agora vêm sendo ficção", disse ele.

Autonomia

O X-37b foi lançado verticalmente a partir de um foguete Atlas V. A Força Aérea disse que o voo teste verificará os sistemas de orientação avançada, navegação e controle da nave, entre outras coisas.

O ministério da Defesa americano não especificou qual será a duração da missão, mas o X-37B é designado para operar em órbita por até 270 dias.

“Honestamente, nós não sabemos quando ele voltará. Dependerá do progresso que fizermos com os experimentos e demonstrações em órbita”, disse Payton.

Quando a missão for completada, um comando será enviado da Terra para que o protótipo acione seu motor e entre novamente na atmosfera.

O veículo navegará então autonomamente até a pista de pouso na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/04/100423_espaconave_forcaaerea_ir.shtml

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Produção industrial cresce 18,4% em um ano

Agência Brasil

01/04/2010

Produção industrial cresce 18,4% em um ano

Nielmar Oliveira 
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira cresceu 1,5% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano, descontadas as influências sazonais. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-Brasil) estão sendo divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, em relação a fevereiro de 2009, a expansão foi de 18,4%.
Segundo o IBGE, este é o terceiro resultado consecutivo de dois dígitos nesse tipo de confronto (com igual mês do ano passado), “refletindo sobretudo a baixa base de comparação decorrente dos efeitos da crise econômica internacional verificada no ano passado”.
Com o resultado, o setor industrial acumula crescimento de 17,2% no primeiro bimestre de 2010. A taxa anualizada (resultado acumulado nos últimos 12 meses) apresenta recuo de 2,6%, o que indica continuidade da tendência de redução no ritmo de perda.

Trem-bala terá garantia de conteúdo nacional

Valor Econômico

01/04/2010

Trem-bala terá garantia de conteúdo nacional  



Edital do TAV terá previsão de conteúdo nacional mínimo, além da transferência tecnológica. Percentual de nacionalização ainda será discutido, mas setor defende índice de 60%

Além da exigência de transferência de tecnologia, o edital do trem de alta velocidade terá previsão de conteúdo nacional mínimo. O percentual de nacionalização ainda está sendo discutido entre representantes do Ministério dos Transportes e do Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria (MDIC), mas sua inclusão na pauta já agrada representantes do setor, defensores da medida - e gera críticas entre as empresas interessadas no projeto.

A definição do percentual depende da análise da disponibilidade da indústria ferroviária local para atender à exigência, afirmou o recém-empossado ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O setor defende o índice de 60% de nacionalização - o mesmo usado em linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estrutura o financiamento do projeto -, mas Passos não assegura que a garantia chegará a esse nível. O índice garantiria a produção local de R$ 3,6 bilhões em equipamentos e material rodante.

Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), que encabeça a campanha pela garantia de conteúdo nacional no TAV, diz que o importante é haver alguma exigência de produção local, mesmo que não seja obrigatória. "Não somos inflexíveis quanto ao índice de 60%".

"O que não pode é acontecer o mesmo que ocorreu na licitação do metrô do Rio de Janeiro", afirma o representante do setor. No início de 2009, o governo do Rio abriu licitação para aquisição de 30 trens para o metrô, mas não deu nenhuma preferência à produção nacional. A vencedora foi a chinesa CNR, que importará os trens prontos, deixando para trás empresas com produção local, como Alstom e CAF, ou candidatos que poderiam nacionalizar a produção.

A regra do conteúdo nacional pode obrigar indústrias sem presença no Brasil, como a japonesa Hitachi, a CNR (China North Railway) e Rotten - subsidiária da Hyundai -, a instalar fábricas aqui. As três são consideradas fortes candidatas ao contrato.

Para executivos envolvidos na disputa pelo trem-bala, a reserva de mercado para a produção nacional pode encarecer o negócio e até inviabilizá-lo. Depois de usada, alega um executivo da área, a fábrica criada para fazer os trens de alta velocidade só servirá para manutenção, o que dificulta a amortização do investimento. O número de unidades usadas para o trem, entre 200 e 300 vagões, não justifica por si só trazer para cá uma unidade de produção. Na China, onde a transferência de tecnologia foi acompanhada da montagem local, a previsão é de fornecimento de 3 mil trens de alta velocidade.

O problema não é montar o TAV aqui, diz uma fonte do setor, mas nacionalizar a fabricação da "caixa" do trem, a sua estrutura - parte mais cara do produto. Feitas em alumínio, elas destoam das estruturas de aço inox usadas na frota local de trens de passageiros - ou seja, a unidade teria poucos clientes locais mais tarde.

Outra questão é o que se entende por conteúdo nacionalizado - se apenas os trens ou os sistemas de telecomunicação, sinalização e alimentação de energia. Pelos cálculos do governo, dos R$ 34,6 bilhões destinados ao projeto, R$ 3,4 bilhões vão para sistemas e equipamentos, e R$ 2,7 bilhões para o material rodante. Como possuem uma indústria mais tradicional no País e outras aplicações além do trem-bala, os sistemas de telecomunicação e energia poderiam ser nacionalizados com mais facilidade.

Outra hipótese para a nacionalização é a associação do fornecedor estrangeiro com alguma fábrica local. Antes de abrir sua unidade em Hortolândia no ano passado, a espanhola CAF tentou se associar com produtores locais - entre eles, a Amsted-Maxion, que produz vagões de carga. A Maxion tem uma capacidade para 10 mil unidades, mas sua produção dificilmente chega à metade disso. A Maxion diz que sua estrutura é facilmente adaptável à produção de trens de passageiros e mantém conversas com representantes do ramo. A empresa foi listada pelo BNDES como um dos candidatos a participar do processo de transferência de tecnologia do TAV.



Acessado a partir do site da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica - Protec