Geografia Humana e Demografia



 Geografia Humana, Demografia e Geopolítica da População


Geopolítica das mudanças Populacionais: Demografia e o Equilíbrio de Poder no Sistema Internacional
Mudanças Populacionais: Demografia e o Equilíbrio de Poder no Sistema Internacional



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Crescimento populacional, demografia e poder

Foi a principal "agenda" do movimento anbientalista até os anos 1970, que defendia que todos os males sociais e ambientais do mundo eram decorrentes da "super população". Utilizando-se dos velhos argumentos de Thomas Malthus, de que os pobres são culpados pela sua própria pobreza, os demógrafos dos países ricos passaram a defender uma versão modernizada desta teoria, o "neomalthusianismo", que teve significativa influência de pensadores eugenistas e nazistas até o II Guerra Mundial.

Após a II Guerra Mundial a "causa" do controle populacional é abraçada por fundações ambientalistas, muitas das quais financiadas por governos e por milionários dos países mais ricos do mundo, definindo uma nova abordagem para o Malthusianismo que agons preferem definir como "Ecomalthusianismo". 

O pesadelo dos países ricos: um mundo cheio de negros, latinos e asiáticos

Para evitar os supostos efeitos da "bomba demográfica" os ecologistas-malthusianos passaram a defender o controle de natalidade como principal forma de "combater a pobreza". A partir desta premissa estes grupos defendiam que para reduzir a pobreza não era necessário a redistribuição de renda e o desenvolvimento dos países do terceiro mundo, mas  sim, que era possível reduzir a pobreza simplesmente impedindo a proliferação dos pobres. A principal forma de impedir a reprodução dos pobres seria o controle da natalidade. Por isso, esta abordagem do tema demográfico passou a defender como método para o controle da natalidade, até mesmo o aborto e a esterilização em massa (mesmo a esterilização não concentida) entre populações pobres dos países subdesenvolvidos. 

Estas políticas foram amplamente defendidas por inúmeras fundações, como a Fundação Rockfeller, a International Planned Parenthood Federation, o Clube de Roma, além de muitas ONGs ecologistas, que conseguiram implementar estas práticas nos países mais pobres do mundo, na América Latina, Ásia e África, onde esterilizações em massa impediram o nascimento de milhares e milhares de seres humanos latinos, asiáticos ou africanos. Posteriormente, ao defenderem práticas neoliberais nos países subdesenvolvidos, os países ricos conseguiram definitivamente sabotar o desenvolvimento destas nações.

Considerando que o desenvolvimento econômico e social destes países foi e continua sendo deliberadamente sabotado pelos países ricos, mantendo milhões de pessoas abaixo da linha de miséria,  o resultado deste processo poderia ser considerado como um dos maiores, senão o maior genocídio da história, implementado lentamente, de forma cruel mas meticulosamente planejada, com um único objetivo: reduzir o crescimento demográfico de povos "não-brancos": latinos, africanos, árabes e asiáticos.

Convencer as pessoas de que os pobres são culpados pela própria pobreza é uma das táticas mais comunmente utilizadas pela elite conservadora para impedir qualquer contestação mais profunda às estruturas de poder da sociedade contemporânea.
Quadrinhos: Mafalda, Quino.

ONÇA, DanielaS. ; FELICIO, Ricardo A. (2010). O Culto à Frugalidade e a Produção Artificial da Escassez. Fórum Ambiental da Alta Paulista, vol. VI, p. 546-568, 2.  




FELICIO, Ricardo A. ; ONÇA, D.S. (2010). Aquecimento Global , Mudanças Climáticas e Caos Ambiental Justificando o Falso Desenvolvimento Sustentável : A Teoria da Tríade. VI Fórum Ambiental da Alta Paulista, p. 569-590. Tupã, SP.  <http://www.amigosdanatureza.org.br/index.php?s=eventos&noticia=518&trabalho=862&a=verTrabalho>






Casais brasileiros estão tendo cada vez menos filhos



Crescimento da população
http://www.youtube.com/watch?v=4bm6-1DC0_w



Population Control: The Eugenics Connection - Part 1

http://www.youtube.com/watch?v=PVhE3Muh3co


Population Control: The Eugenics Connection - Part 2
http://www.youtube.com/watch?v=feJza0S7AeA


Population Control: The Eugenics Connection - Part 3
http://www.youtube.com/watch?v=u1p-Xxcwx0U






Veja outros vídeos sobre este tema:


Teorias Demográficas
http://www.youtube.com/watch?v=QAPPNqhViSw



A seguir, estão indicados artigos a respeito da influência dos eugenistas na tese da "explosão demográfica":

TAYLOR, Daniel. (2008). "Eugenics and Environmentalism: From quality control to quantity control". Old-Thinker News, April 30, 2008. http://www.oldthinkernews.com/Articles/oldthinker%20news/eugenics_and_environmentalism.htm

BLACK, Edwin (2003). A guerra contra os fracos: a eugenia e a campanha norte-americana para criar uma raça superior. Tradução Tuca Magalhães. Editora A Girafa: São Paulo, SP.

BAKER, Marcia Merry (2007). A Chronology of the Global Warming Swindle. EIR, volume 34, n. 13, 30 de março de 2007, p. 51-55. <http://www.larouchepub.com/eiw/public/2007/eirv34n13-20070330/51_713_glowarm.pdfhttp://www.larouchepub.com/eiw/public/2007/eirv34n13-20070330/51_713_glowarm.pdf>

AINSWORTH, Rob (2007). "The New Environmentalist Eugenics: Al Gore’s Green Genocide". EIR, volume 34, n. 13, 30 de março de 2007, p. 36-46. <http://www.larouchepub.com/eiw/public/2007/eirv34n13-20070330/36-46_713_ainsworth.pdf>  

Recomenda-se ainda a leitura dos seguintes artigos a respeito do debate ideológico travado ao longo do século XX em torno da questão do crescimento demográfico:

ALVES, J.E.D. & CORRÊA, S. (2003). "Demografia e ideologia: trajetos históricos e os desafios do Cairo + 10". Revista Brasileira de Estudos Populacionais, Campinas, v. 20, n. 2, p. 129-156, jul./dez. 2003.





Breve histórico do "ecologismo" no sec. XX e o problema do desenvolvimento dos países pobres

O ecologismo ou ambientalismo moderno se desenvolveu principalmente ao longo do século XX, apresentando características distintas e preocupações principais que mudaram muito ao longo do tempo. Diferentes tipos de grupos políticos ou ideológicos, lobbies ou grupos de pressão adotaram ou ainda adotam propostas e discursos ambientais ou manifestam preocupações relacionadas ao Meio Ambiente, sem necessariamente observarmos concenso nestas questões. Ao longo do século passado, a principal bandeira do ambientalismo/ecologismo foi a "preservação da natureza" na forma do que ficou conhecido como "conservação" ou "conservacionismo". Obviamente há grandes diferenças entre diferentes grupos politicamente organizados que integram o que é genéricamente chamado de "movimento ambientalista". O "movimento ambientalista" global, na realidade é composto por grupos originados em regiões ou países distintos, de classes sociais diferentes, que assumiram posições políticas e ideológicas das mais variadas ao longo do último século.  Os partidos "verdes" criados em diversos países ao longo das últimas décadas são um exemplo interessante de como muitas das "bandeiras ambientais" não são facilmente classificáveis como sendo de "esquerda" ou de "direita", o que permite verificar que em alguns lugares os partidos verdes são mais de "esquerda" e em outros, mais de "direita".

É curioso notar como o ambientalismo na primeira metade do século XX era identificado claramente como um movimento de elites, com uma ideologia elitista e "de direita", enquanto nas últimas décadas do século XX passou a ser identificado mais como um movimento "de massas", que se utiliza ou se aproxima de algumas ideologias tradicionalmente consideradas "de esquerda." Na realidade esta é uma questão complicada, pois realmente, em muitos países, o ambientalismo e os partidos verdes passaram a ser identificados como uma forma de esquerda, embora muitas das idéias defendidas por estes partidos, por exemplo, na Europa e nos Estados Unidos, dificilmente possam ser classificadas como próximas às demandas clássicas dos movimentos operários, sejam estes trabalhistas, social-democradas ou socialistas. Outra complicação, neste caso, é que também é muito tênue a distinção entre a capacidade dos ambientalistas de instrumentalizar diferentes discursos (de esquerda ou de direita), e a capacidade dos partidos políticos, de diferentes espectros ideológicos, de instrumentalizarem o discurso ambientalista.

Durante os anos 1930 e 1940, os grupos conservadores e os partidos nazi-fascistas eram os principais defensores de "causas ambientais", enquanto nos anos 1950-1960 são partidos de centro-direita e  liberal-conservadores  que se tornam os principais defensores destas mesmas "bandeiras". Nos anos 1960 e 1970 um número crescente de movimentos ultra-pacifistas, anti-nuclear e hippies ou ex-hippies, passou a atuar no movimento ambientalista. Nos anos 1980 e 1990, um número crescente de ex-comunistas adere aos movimentos ambientalistas em diferentes países, especialmente naqueles em que o socialismo entrou em crise, ao mesmo tempo em que muitos neoliberais também passam a defender causas ambietais. Este processo tornou ainda mais difícil identificar uma "ideologia típica" ou uma tendência ideológica clara e comum aos diferentes grupos ambientalistas ou "verdes". Por isto, descrever possíveis tendências ideológicas pode não ser a melhor forma de caracterizar estes movimentos:  a análise das agendas e temas de preocupação mais comuns aos movimentos ambientalistas pode ser a forma mais clara de entender a evolução destes grupos políticos. 

As primeiras grandes conferências ambientais internacionais, no início do século XX tinham objetivos claramente conservacionistas, como a "Conveção de Londres sobre a Proteção da Fauna na África," em 1900, ou conferências similares em 1902 e 1911, para tratar respectivamente, da preservação de aves e focas, especialmente animais caçados pelos europeus em suas colônias. Basicamente estas eram conferências que foram realizadas entre as grandes potências para negociar a criação de áreas de reservas de recursos naturais, mais precisamente, reservas que viriam a ser conhecidas como áreas de preservação ou conservação permanente, ou simplesmente reservas ambientais. Estas reservas foram criadas nas colônias ou áreas coloniais na África e Ásia, e eram áreas onde os povos locais não poderiam acessar ou teriam restrições para entrar e caçar, mas, em muitos casos,  os colonizadores europeus não sofreriam tais restrições.  Assim, a principal preocupação dos tratados internacioais envolvendo temas ambientais da primeira metade do século XX era com a criação de restrições à caça e pesca nas colônias, para preservar estes recursos para as metrópoles.

Entre os anos 1920 e 1940, a abordagem conservacionista das questões ambientais era dominante, associada às discussões centradas na defesa de idéias malthusianas ou neomalthusianas, tornaram-se  extremamente populares entre os eugenistas naquela época. Posteriormente, esta postura ideológica seria classificada de eco-malthusiana, embora nos anos 1930 e 1940, a preocupação ambiental fosse secundária frente à preocupação demográfica real: o problema do crescimento populacional de povos de "raças" não-brancas. Em partes esta "agenda" ambiental mudou no pós-II Guerra Mundial, mas em partes se manteve. Entre a II Guerra Mundial e os anos 1970, a principal preocupação dos movimentos ambientalistas esteve relacionada ao medo do "crescimento populacional" supostamente excessivo. Na realidade, o que ficou conhecido como a "ameaça da explosão demográfica" - que supostamente destruiria o planeta - , mostrou-se algo muito complicado, pois os neomalthusianistas, ou adeptos do neomalthusianismo, passaram a defender políticas eugenistas de controle do crescimento demográfico nos países do terceiro mundo. Estas políticas de controle de natalidade, tinham por objetivo restringir ou reduzir a reprodução de seres humanos de países pobres na África, América Latina e Ásia; ou seja, reduzir o crescimento demográfico nas regiões não-brancas do mundo. 

A questão do "controle populacional" foi a primeira do grande "agenda global" que os ambientalistas conseguiram impor como consenso ou quase-consenso em todo o mundo. A solução para o suposto problema da "explosão demográfica", ou seja, o controle da natalidade,  era defendido apenas por eugenistas e pela extrema direita nos anos 1930-1940. Nos anos 1950 e 1960, até mesmo os países socialistas aderiram à abordagem ambientalista deste tema, sendo que muitos destes países implementarem  políticas públicas de controle de natalidade. Nos países subdesenvolvidos, à epoca chamados de terceiro mundo, muitos ambientalistas e inúmeras ONGs e fundações privadas, como a Fundação Rockfeller, defenderam e financiaram esterilizações em massa nos países pobres da América Latina, África e Ásia.

Naquele período, e especialmente a partir dos anos 1970, o foco do movimento ambientalista global mudou e passou a priorizar o combate à poluição atmosférica.  Mais precisamente, os movimentos ambientalistas passaram a combater a emissão de gases resultantes da atividade industrial, da geração de energia e dos meios de transporte que queimam combustíveis de origem fóssil. Inicialmente os gases mais combatidos eram os chamados causadores de "chuva ácida", como o enxofre e o nitrogênio. Posteriormente o CFC ganhou destaque e se tornou o grande "vilão global" nos anos 1980, até meados dos anos 1990, pois este seria o grande responsável pela redução da camada de ozônio. Durante este período cresceu a tese de que o CO2 seria o principal causador do "aquecimento global", pois este gás teria grande capacidade de absorver calor, portanto, de ampliar o "efeito estufa" natural. 

Nos anos 1990 e 2000 se consolidou a tese do aquecimento global causado pela ação humana, ou causado antrópicamente, o que levou o movimento ambientalista a questionar duramente o aumento do consumo de recursos energéticos, especialmente nos países subdesenvolvidos e em processo de industrialização. Entretanto, os principais países ricos, os mais industrializados, não aceitam restrições reais ao consumo de combustíveis fósseis e continuam defendendo que os países pobres não se desenvolvam, para que não ocorra o aumento do consumo de recursos energéticos.

Mais recentemente, muitos geógrafos, climatologistas, metereologistas e oceanógrafos passaram a questionar mais abertamente esta tese. 

Em momento algum das grandes conferências ambientais, os países ricos - os maiores consumidores mundiais de combustíveis fósseis -, sequer cogitaram abandonar o uso destes recursos energéticos, pois estes são os de menor custo. Ao invés disto, as grandes potências e os países mais ricos do mundo defendem que os países pobres utilizem fontes de energia caras, dispendiosas e menos eficientes, como a energia solar fotovoltáica. Isto porque a energia fotovoltáica, hoje, ainda é tão cara e apresenta uma eficiência tão reduzida, que nem mesmo os países ricos consideram a possibilidade de substituir totalmente o consumo de combustíveis fósseis por esta fonte de energia, considerada mais "limpa". Entretanto, embora a energia fotovoltaica seja uma fonte de energia de duas a quatro vezes mais cara que a energia nuclear, os países ricos defendem que os países pobres é que devem se desenvolver utilizando estas fontes de energia de alto custo. Obviamente, isto é apenas para que os países ricos possam continuar usando as velhas e baratas fontes de energia fósseis e que os países mais pobres não utilizem os seus próprios recursos fósseis, que serão exportados para as nações mais ricas. Assim, os países mais ricos do mundo manterão seu poder, sua riqueza relativa e seu elevado padrão de vida e manterão os países mais pobres exatamente na mesma posição relativa de subdesenvolvimento e atraso econômico e tecnológico.  

Porque será que os países ricos nunca cogitaram seriamente a possibilidade de abandonar completamente o uso de energia fóssil em prol da energia fotovoltáica e eólcia, mas exigem que os países pobres o façam? Porque os países ricos não deixam as fontes de energia fósseis mais baratas para os países pobres e passam a usar energia solar fotovoltáica, se esta é tão "limpa" e "eficiente" como dizem? Porque será que os ecologistas dos países ricos continuam insistindo em defender que não se pode construir novas usinas  (termoelétricas, hidrelétricas ou nucleares) nos países pobres, mas não fazem praticamente nada para mudar a matriz energética dos países ricos que consomem metade dos recursos energéticos do mundo?

Porque os países ricos podem continuar produzindo e consumindo 95% de toda a energia nuclear produzida no mundo, mas nenhum país pobre pode construir novas usinas nucleares? Será que é pelo mesmo motivo que os Estados Unidos e o Canadá, os dois países ricos que mais consomem energia de usinas hidrelétricas em todo o mundo (juntos produzem 20% de toda a energia hidrelétrica produzida no mundo), financiam ONGs ecologistas para que estas façam pressão política para impedir que os países subdesenvolvidos construam suas próprias usinas hidrelétricas? Será que é porque esta fonte de energia, dentre as renováveis, é a mais eficiente, mais barata e, portanto, pode ajudar a desenvolver estes países? Algumas poucas perguntas, muitas vezes, podem ser mais esclarecedoras do que normalmente supõem a maioria... Afinal, até quando continuaremos nos comportando como típicos povos colonizados que aceitam passivamente as políticas defendidas por uma dúzia de países ricos com o objetivo de sabotar o desenvolvimento da maioria da Humanidade?


Um histórico sintético mas bastante esclarecedor sobre a evolução desta agenda, até a atual agenda da "ameaça do aquecimento global", pode ser obtido no artigo da pesquisadora Marcia Baker:

BAKER, Marcia Merry (2007). “A Chronology of the Global Warming Swindle”. EIR. 30 de março de 2007. <http://www.larouchepub.com/eiw/public/2007/eirv34n13-20070330/51_713_glowarm.pdfhttp://www.larouchepub.com/eiw/public/2007/eirv34n13-20070330/51_713_glowarm.pdf>


Também vale a pena ler as entrevistas do professor de metereologia Luiz Carlos Molion:

RANGEL, Rodrigo (2009) "Aquecimento Global é terrorismo climático", por Luiz Carlos Molion. Revista ISTOÉ. Edição n°:  1967 |  11/jul/2009

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